Joana Vasconcelos

Joana Vasconcelos nasceu em Paris, em 1971. Vive e trabalha em Lisboa. É a primeira mulher e a mais jovem artística plástica a conseguir expor no Palácio de Versailles.
A natureza do processo criativo de Joana Vasconcelos assenta na apropriação, descontextualização e subversão de objectos pré-existentes e realidades do quotidiano. Partindo de engenhosas operações de deslocação, reminiscência do ready-made e das gramáticas nouveau réaliste e pop, a artista oferece-nos uma visão cúmplice, mas simultaneamente crítica, da sociedade contemporânea e dos vários aspectos que servem os enunciados de identidade colectiva, em especial aqueles que dizem respeito ao estatuto da mulher, diferenciação classista, ou identidade nacional. Resulta desta estratégia um discurso atento às idiossincrasias contemporâneas, onde as dicotomias artesanal/industrial, privado/público, tradição/modernidade e cultura popular/cultura erudita surgem investidas de afinidades aptas a renovar os habituais fluxos de significação característicos da contemporaneidade. 
A maioria das suas peças são de grande dimensão e expressão, feitas por artesãs portuguesas e valorizando os nossos produtos. Parabéns à nossa artista portuguesa!!

Os visitantes são recebidos nas Escalier Gabriel por Mary Poppins; vasto corpo tentacular criado a partir da combinação de tecidos e objectos pré-existentes, produzidos em série, com têxteis realizados manualmente.




Coração Independente Vermelho e Preto apresentam-se suspensos; o primeiro, no Salon de la Paix; o segundo, no Salon de la Guerre. As obras reproduzem dois enormes corações de Viana - peça icónica da filigrana portuguesa –, e propõem duas versões monumentais em vermelho e preto, cores que reportam à paixão e à morte. Quando o visitante se aproxima descobre que a forma dos corações é surpreendentemente preenchida por milhares de talheres em plástico.


A Galerie des Glaces, palco de sumptuosas cerimónias e de importantes eventos na história da humanidade, recebe Marilyn, um elegante par de sandálias de salto alto, cuja escala ampliada resulta do uso repetido de panelas e tampas em aço inox.


Na Salle des Gardes de la Reine encontramos dois leões altivos, símbolos do poder patriarcal. Assentes nas respectivas bases, mostram corpos robustos esculpidos no precioso mármore negro Port Laurent, ambiguamente protegidos por uma segunda pele em crochet branco dos Açores, técnica de labor tradicionalmente feminino.

Não deixem de visitar o site da nossa Joana. Vale a pena ver tanto talento português e valorizá-lo!

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